domingo, 27 de fevereiro de 2022

Lábios de Sangue (Lèvres de Sang) - 1975

Sinopse: Homem vê, em uma festa, uma fotografia de um castelo em ruínas que desengatilha estranhas memórias de sua infância envolvendo uma misteriosa jovem que usava apenas branco. Ele fica determinado a descobrir onde era esse lugar para reencontrar a jovem, mas começa a esbarrar em persistentes obstáculos na sua busca. Quando o perigo de torna iminente, ele começa a ser ajudado por uma sociedade secreta de vampiras.
 
Direção: Jean Rollin
 
Elenco: Jean-Loup Philippe
Annie Belle
Natalie Perrey
Martine Grimaud
Catherine Castel



 
Download:
 
 
 
OU
 
 


Comentário: 
 
    Espécie de amadurecimento do Rollin, "Lábios de Sangue" surpreende (talvez negativamente para a maioria) por ser uma das melhores representações de um sonho já cometida em filme (consigo lembrar apenas do "Lua Negra" como realização semelhante).  Digo "representação" de um sonho no sentido de os elementos tomarem forma como tomariam em um sonho de "verdade", onde tudo é aparentemente desconexo porém regido por uma lógica interna que é muito mais experimentada do que explicada. Apesar do onirismo, há aqui uma trama no seu sentido mais tradicional, a jornada arquetípica quase jungiana do protagonista em sua busca frenética por uma memória de infância que deseja se revelar, um símbolo da inocência perdida, violentamente interrompida por figuras do consciente. 
 
    Pra completar o espetáculo de pomposidade, é também uma espécie de "" (para quem não sabe, um dos poucos filmes italianos que não tem gente sendo desmembrada a cada dez minutos) do Rollin. É claramente uma reflexão tanto sobre sua vida quanto auterismo - em um momento particularmente revelador, o protagonista (e também corroteirista) vê a moça de suas lembranças na saída de uma sessão de cinema onde está passando um de seus clássicos, "A Vampira Nua"; ela o chama e, para além da tela, há apenas um beco que conduz a um cemitério onde jaz sua tumba. Entre outros detalhes, o roteiro se chamava "Jennifer" antes da produção, apesar de evidentemente nenhuma personagem se chamar assim.

    Talvez tudo isso seja cerebral demais para nosso leitor, por isso falarei agora na vossa linguagem: tem várias (várias mesmo) gostosas peitudas peladas e as vezes se pegando.
 
OBS: Eu assisti esse filme sob o efeito de psicoativos mas isso em nada altera meu julgamento objetivo (acho).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

comente naquela caixinha do lado, é mais legal.