quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Primavera (Spring) - 2014

Sinopse: Após a morte de sua mãe, o inconsolável Evan vai afogar as mágoas com seus amigos no bar onde trabalha. No entanto, ele se envolve numa briga que acaba fazendo com que seu chefe o demita. Sem rumo e com a possibilidade de ser perseguido por seu novo desafeto, Evan decide viajar para fugir de seus problemas. Numa pequena e turística cidade costeira na Itália, ele conhece e se interessa por uma linda e misteriosa mulher. Logo se torna claro que ela possui segredos obscuros que podem destruí-los.

Direção: Justin Benson e Aaron Moorhead

Elenco: Lou Taylor Pucci Evan, Nadia Hilker Louise, Augie Duke Jackie



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>> 1080p - 1,65GB

>> 720p - 813MB

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Comentário: Seria muito conveniente fazer analogias entre Spring e um punhado de filmes. Das associações mais fáceis: Antes do Amanhecer do Linklater e A Experiência (de sei lá quem dirigiu isso). Ou mesmo remeter alguns elementos a Cronenberg e Lovecraft. Mas a verdade é que o filme de Benson e Moorhead é um legítimo filme de Benson & Moorhead para quem já assistiu alguma coisa da filmografia deles: peculiaríssimo em abordagem e visualmente incômodo, mas isso até que superado nossos próprios vícios industriais estéticos cinematográficos.
Começa como uma aparente história de broderagem e luto e nesse breve período já convence pela honestidade da relação entre os dois personagens. Segue então para um road movie bon vivant (brega né, tô ligado) culminando num romancezinho indie pretenso ao natural, ou seja, aquela referência do Antes do Amanhecer se aplica neste momento. Claro que antes disso já surgem esporadicamente os elementos sobrenaturais, inicialmente de maneira homeopática formatada, mas logo, em osmose, o horror formulaico insere-se no cinema amortecido de Benson e Moorhead, transformando-se em algo único. Para o espectador menos boboca vale aquela refletida da escalada narrativa e de como o filme consegue concentrar e desenvolver tanta coisa e tanta gente em tão pouco tempo. Mas o coração da parada é o eixo de tudo ser a interação dos personagens e de como a história gira ao redor disso.
O espectador brasileiro acostumado a comer massa com salsicha obviamente torce o nariz pra esse tipo de filme, mas pros desiludidos que acham que o cinema já acabou há bastante tempo, dá aquela revigorada de encher os olhos.