quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Seis Mulheres Para o Assassino (Sei Donne Per l'Assassino) - 1964


Sinopse: Isabella, uma jovem modelo, é assassinada por uma misteriosa figura mascarada em um ateliê de moda, pertencente a Condessa Cristiana. Após o crime, o diário da vítima, contendo informações que poderiam levar ao assassino, desaparece. O mascarado passa então a matar todas as modelos da casa para encontrar o diário.

Diretor: Mario Bava

Elenco: Cameron Mitchell
Eva Bartok
Thomas Reiner
Ariana Gorini
Dante DiPaolo



Download:
 
 


Comentário:

         Deve-se ver “Seis Mulheres Para o Assassino” com o mesmo carinho e encanto com que um arqueólogo contempla um fóssil: esse é o filme fundador do giallo (coincidência ou não, lançado no mesmo ano em que o spaghetti western foi firmado por Leone com seu “Por Um Punhado de Dólares”). O que confere atemporalidade para esta obra em particular é a direção de arte como um todo, com destaque especial para o devastador uso de cores berrantes na construção da atmosfera, que garante ao filme um banquete para os olhos como poucos vezes o cinema foi capaz de oferecer.

       O trabalho de Mario Bava já inaugura também os erros que praticamente todos os giallos viriam a repetir: o roteiro absolutamente imbecil (com motivações e reviravoltas dignas de uma novela mexicana), e atuações de dar dó, que, aliás, são potencializadas pela completa superficialidade dos personagens. Mas no universo cinematográfico de Bava, personagens, atores, e até mesmo enredo são como os manequins que marcam presença por todo o longa: meras ferramentas a serviço de uma arte maior.

4 comentários:

  1. Aprecio seu blog cara, mas com todo respeito, cuidado com a comparação que fez com o carinho e encanto com que se deve ver o filme e o carinho e encanto com que um arqueólogo contempla um fóssil. Não é plausível. Não se precipite com as concepções da arqueologia antes de compreendê-la como um todo.

    ResponderExcluir
  2. Amigo, eu sou arqueólogo, e a idéia de se assistir ao filme com o carinho e encanto que se vê um fóssil etc encaixa muito bem na teoria da arqueologia. Claro, a arqueologia não lida com as questões do carinho e encanto e tudo mais como o filme, por isso eu frisei que o Zé é quase o super-homem.

    ResponderExcluir

comente naquela caixinha do lado, é mais legal.