segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Na Mira da Morte (Targets) - 1968


Sinopse: Byron Orlock (Boris Karloff), decadente ator de filmes de terror, decide se aposentar. Paralelamente, um jovem normal enlouquece, mata sua família e vaga por Los Angeles decidido a matar o máximo de pessoas possível antes de ser capturado.

Direção: Peter Bodgdanovich

Elenco: Boris Karloff
Tim O'Kelly
Peter Bogdanovich
Nancy Hsueh








Download:

Magnet (Web-rip, 825mb)

Legenda PT-BR


Comentário:

         O filme de estreia de Peter Bognanovich chama a atenção por, entre outras coisas, ser não só um dos marcos fundadores da Nova Hollywood mas também ao estabelecer um diálogo entre os boomers que então revolucionavam o sistema de estúdios e a velha guarda hollywoodiana, agora anacrônica. A alegoria é evidente; o personagem de Karloff, um ator (aqui e na realidade) decadente, cansado dos horrores góticos B a lá Corman mas igualmente incapaz de compreender as tendências cinematográficas contemporâneas, com seus monstros de carne e osso cuja violência explícita tornaram ultrapassados seus vilões aristocráticos e sutis. Em paralelo, o jovem americano que, perdido no caos da pós-modernidade (leia-se, a Guerra do Vietnã e a Era Nixon) explode da forma mais intensa, assustadora e incompreensível numa então nova figura da vida da vida suburbana: o atirador em massa.
 
   Entre os dois, Bogdanovich que, com a sensibilidade de um cinéfilo, interpreta praticamente a si próprio; um jovem diretor calcado nos clássicos mas mirando no futuro, e tentando apaixonadamente levar para esse admirável mundo novo seus velhos ídolos, como Karloff (a essa altura, na vida real, Bogdanovich provia de casa e comida ao acabado Orson Welles). No fim, a ponte entre o choque geracional: o jovem que dispara suas balas camuflado pela telona do drive-in e o Karloff, que com o capital cultural que lhe resta, salva o dia (não com diálogo, mas com umas boas porradas).

     Um filme esquecido, simbolicamente fundamental para as transformações do cinema sessentista e, principalmente, uma hora e meia divertidíssima para os entusiastas.
         

Um comentário:

  1. teve o doido aqui no Brasil que saiu atirando no cinema quando estreou o filme O Clube da luta! se o Sr.Frankestein Karloff estivesse no cinema pra descer umas cassetados no atirador esquisito?!...Marcos Punch.

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