segunda-feira, 23 de maio de 2022
Seeding of a Ghost (Zhong Gui) - 1983
sexta-feira, 20 de maio de 2022
Nova York - Cidade Violenta (Murderock - Uccide a Passo di Danza) - 1984
terça-feira, 17 de maio de 2022
O Metrô da Morte (Death Line) - 1972
AKA Raw Meat
AKA Subhuman
domingo, 15 de maio de 2022
The Scary of Sixty-First - 2021
Comentário:
De fato, somos barcos contra a corrente remando incessantemente em direção ao passado, como diria Fitzgerald. O mundo rodou, rodou, e de novo os velhos milicos brochas estão no poder aqui, a Guerra Fria se reconfigura lá. No cinema, essa busca pelo conforto do familiar se manifestou com mais clareza; em Hollywood, reboots, soft reboots e remakes de toda a propriedade intelectual disponível monopolizam as salas, e no arthouse não é diferente - é até pior. Todo dia qualquer mequetrefe faz o que na cabeça dele é o GIALLO MODERNO! A SUBVERSÃO DO EXPLOITATION! A DESCONSTRUÇÃO DO HORROR! Não há exemplo melhor do que o recente "X", do West, mais uma tranqueira da A24 lançada com toda pompa, se propondo a ser O GRANDE RESGATE do slasher setentista e que no fim não só não tem nada de novo ou criativo para oferecer, como também se perde na própria reverência - ironicamente, a um modo de se fazer cinema que jamais respeitou qualquer regra, que jamais criou ícones que não pudesse dessecrar. Pra variar, todo mundo sedento pela aura criativa de outrora caiu no golpe (as pessoas foram capazes de eleger o Hitler, não dá pra ter nenhuma confiança mesmo). O fã inteligente de horror (como eu) não tem mais onde se consolar, já que tudo virou pastiche e qualquer coisa minimamente melhor se transforma no Segundo Advento de Cristo, muitas vezes injustificadamente.
Aqui entra "The Scary of the Sixty-First". Fez algum burburinho por festivais e circuitos limitados, mas não chegou a dividir público e crítica porque ambos foram unânimes em odiar e em sequência esquecer. Depois de todo esse tempo, as pessoas já não são mais capazes de reconhecer um autêntico exploitation nem quando ele está nas suas caras. "Scary" é talvez o único exemplar genuíno do gênero em décadas, principalmente no seu aspecto titular: a exploração, o ato de se apropriar de um fato ou tópico do momento e extrapolá-lo de forma gritante, apelativa e chocante. Aqui, a história gira em torno do legado que Jeffrey Epstein deixou para trás. Para quem pisou no planeta Terra pela primeira vez hoje, Epstein foi o infame bilionário pedófilo e traficante sexual, que diariamente levava à bordo do seu Lolita Express amigos da política, das artes e dos negócios (Weinstein, Spacey, Singer, Clinton, Gates e o filho mais fracassado da rainha são alguns dos íntimos), para sua ilha particular que também calhava de ser um harém para todos os gostos e idades. Epstein foi preso em 2019 e antes que pudesse abrir a boca foi morto na cadeia numa queima de arquivo.
Se a mídia é sempre discreta ao lidar com essa bomba-relógio, Nekrasova escancara tudo da forma mais grosseira e desrespeitosa possível, para nossa alegria. No seu debut (atrás e à frente das câmeras, como roteirista, produtora, diretora e coadjuvante), ela transforma turbilhão que cerca Epstein em um horror gótico hipster com toda a energia de um adolescente falando que virou ateu na ceia de natal. Duas jovens alugam um apartamento que pode ou não ter pertencido anteriormente à ele, e cada uma é afetada pela descoberta de formas distintas. Uma entra em uma espiral de paranoia, medo e obsessão; a outra parece ser "possuída" (ou libertada?) por um espectro sexual maligno que rende as cenas mais avacalhadas do longa.
A categorização como exploitation não vem só do zeitgeist delirante da extrema-direita (enquanto se mantém perversamente ambígua no seu próprio posicionamento), mas também da produção de guerrilha. Com orçamento zero, Nekrasova e Quinn (que também assina o roteiro e protagoniza) oferecem soluções criativas e ousadas para contornar suas limitações. Você pode achar o que quiser disso, mas é preciso certa coragem e comprometimento para, por exemplo, se masturbar na maçaneta da casa real do Epstein numa gravação clandestina. "Scary of Sixty-First" e suas criadoras são uma luz de esperança no futuro - ou um último alento antes da morte.
(apesar de tudo, sabemos que o filme foi enterrado porque eles não querem que você saiba a verdade)
terça-feira, 10 de maio de 2022
Divina Obsessão (Il Miele del Diavolo) - 1986
Corinne Cléry
Blanca Marsillach
Stefano Madia
Paula Molina
sexta-feira, 6 de maio de 2022
Encounters of the Spooky Kind (Gui da Gui) - 1980
quarta-feira, 4 de maio de 2022
Alguém me Vigia (Someone's Watching Me) - 1978
Direção: John Carpenter
Elenco: Lauren Hutton, Adrienne Barbeau, Charles Cyphers, David Birney
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Comentário: Não dá pra dizer que foi um filme treino para o Carpenter porque foi produzido na mesma época que o Halloween, então ele já estava se vangloriando de reconhecimento. Também não dá pra dizer que é um filme subestimado, porque embora consistente, é descartável (só lembrei que existia porque morreu essa semana um dos atores). Mas dá pra dizer que compreende uma fase mais atmosférica da variada filmografia dele, até por ter sido lançado no ano do Halloween. Também dá pra dizer que com uma rápida análise se percebe que o jovem Carpenter era um tarado, porque o voyeurismo era uma temática constante.
O domínio da direção se ressalta. Havia, inconscientemente, uma disputa para quem seria o herdeiro oficial do Hitchcock, aparentemente, pois na mesma época o Giallo se consolidava, surgia o Carpenter, o Spielberg flertava com o suspense, entre tantos outros. Foi um período prolífico e, ainda que tenha sido produzido para a TV, Someone's watching me se destaca em termos de direção. E é daqueles filmes tão redondinhos que acaba imediatamente após o desfecho do clímax, sem enrolação.
terça-feira, 3 de maio de 2022
O Olho do Diabo (Eye of the Devil) - 1966
domingo, 1 de maio de 2022
Efeitos Especiais (Special Effects) - 1984
Eric Bogosian
Brad Rijn
Kevin O'Connor
Bill Oland