terça-feira, 16 de março de 2021

The Reflecting Skin - 1990

Sinopse: Seth Dove tem apenas sete anos, e vê o mundo por uma ótica muito particular. Seth acredita que sua vizinha é uma vampira, e fará de tudo para impedir o relacionamento entre ela e seu irmão mais velho.

Direção: Philip Ridley


Elenco: Jeremy Cooper, Lindsay Duncan, Viggo Mortensen









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Comentário: Tem status de cult e rende até uma idolatria a nível de ser considerado pelos fãs um dos melhores filmes de "terror não-terror" de todos os tempos. Acho um exagero, mas tem muitos méritos e não merecia ser tão desconhecido quanto é.
O flerte de referências vai da composição visual do Days of Heaven, do Malick, com a estranheza dosada do Blue Velvet, do Lynch. Se passa quase inteiramente de dia, sob a perspectiva de uma criança, e transpira saudosismo na ambientação ruralista. Isso tudo tem um propósito de causar a falsa impressão de se tratar de um abordagem leve e nostálgica. Mas é o extremo oposto, o espectador na verdade está inserido no mundo distorcido de uma mente infantil. Isso cria um contraditório curioso (mas disfuncional, particularmente) como experiência cinematográfica, pois é constante a sensação de que a densidade narrativa não encaixa com som, imagem e atmosfera. Os momentos de choque são realmente pesados, embora raramente explícitos. Destaca-se um elemento extremamente grotesco, o qual vou me referir como o 'anjo' imaginário do protagonista — que na história, entretanto, é só mais um dos rompantes pretensiosos do diretor.
O problema que desfavorece o filme — além da falta de conexão pelo desencaixe da coisa toda —, é tentar fingir inteligência com seus ímpetos alegóricos, sendo que na verdade o filme de Ridley fracassa em aspectos bem miseráveis: a trilha é desnecessariamente melodramática e indutiva, as atuações são na maioria capengas e a suposta profundidade é fajuta, pois depende da boa vontade do espectador em querer se esforçar para compreender as metáforas, uma vez que os diálogos em si são vagos, quando não superficiais. No fim, a narrativa não é nem tão inovadora assim. É sim um filme de terror, esperto e pesado, cujo conceito, porém, não foge do básico "fim da inocência".

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