sexta-feira, 5 de março de 2021

Pânico e Morte na Cidade (The Night Stalker) - 1972

Sinopse: Um jornalista começa a investigar, em paralelo à apuração da polícia, uma série de mortes de mulheres, crimes que têm como peculiaridade o fato de as vítimas terem o sangue drenado do corpo. Gradativamente, Kolchak defende a tese de se tratar de um vampiro. O que é categoricamente descartado pelas autoridades que, no entanto, passam — a contragosto — a respaldar a teoria do repórter no avançar do caso.

Direção: John Llewellyn Moxey

Elenco: Darren McGavin, Simon Oakland, Carol Lynley, Claude Akins




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>> 1080p - 1,18GB

>> 720p - 623MB

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Comentário: The Night Stalker foi lançado para tv e bateu recorde de audiência em sua exibição na época. Com isso, gerou uma imediata sequência (The Night Strangler, dirigido pelo Dan Curtis, bem divertido também, embora praticamente xerox do primeiro) e logo depois uma série (Kolchak e os demônios da noite), que consagrou de vez o personagem. Talvez essa excessiva popularidade repentina, no entanto, fez com que o filme acabasse soterrado no universo que o sucedeu. Não sei o quanto ele ou a série são conhecidos do público brasileiro, mas sempre é tempo de sugerir para alguém...
Já começo contestando as taxações de 'datado'. Não é. A composição estética é humilde, mas saborosa: é quase um aconchego estar ambientado sob os neons vintage da sempre asquerosa Las Vegas, ainda mais numa textura carregada do visual pulp de uma filmagem feita visivelmente às pressas, reforçada pela narração em tom de pilantra do protagonista.
O mais interessante de tudo é a abordagem detetivesca flertando com o terror (a série, por exemplo, é tida como grande influência para Buffy e Arquivo X). Muitos dos elementos míticos vampirescos (principalmente as regras de como se derrotar um vampiro) hoje esgotados no subgênero, na época estavam fresquinhos e é legal perceber como The Night Stalker é um dos precursores que fundamentaria os trocentos filmes que sairiam dali por diante. 
Kolchak é um personagem carismático principalmente pelo papel contraventor à qualquer figura de autoridade (política ou editorial) e essa irreverência dele é o caldo do filme. Isso é usado inclusive como o elo fantástico. É divertido como o horror é evitado ao máximo pelos personagens "racionais", até que não haja escolha e todos precisam ceder à audácia e ao imaginário do Kolchak. No final ainda rola os payoffs disso também.
Enfim, diversão pura, é como se uma versão urbana setentista do Dracula da Hammer encontrasse o tom de Billy Wilder.

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