Direção: Michael Reeves
Elenco: Vincent Price, Ian Ogilvy, Rupert Davies, Hilary Heath
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Comentário: A sinopse de Witchfinder General é tão boa que eu decidi não colocar ela na íntegra para vocês não se empolgarem tanto. Não que o filme dê margem para muita empolgação, pois nas primeiras cenas já dá para notar o nível paupérrimo da produção, cujo figurino e o próprio tom da coisa, embalado pela presença — e voz david lynchiana — sempre zoada de Vincent Price (nunca entendi o apelo, sinceramente), dão um ar de Corman dos pobres (se é que é possível). É tão galhofa a pretensão de seriedade que não seria estranho que a qualquer momento surgisse o John Cleese para anunciar a chegada da inquisição do Monty Python.
Tão logo, no entanto, começam a rolar cenas de muito mau gosto — em 35 minutos três personagens transam com uma mesma mulher, como forma de demarcar claramente a personalidade de cada um dos homens, é sério. E sessões de tortura progressivamente tornam-se mais gráficas e explícitas (uma em especial surpreende, envolvendo uma fogueira).
É um filme com muito potencial não alcançado e mal escalado, mesmo assim, é inegavelmente bom e corajoso em muitos aspectos. Muito se fala de tensões que envolveram o diretor e Price, que notória e publicamente nunca foi a escolha para o papel. Entende-se a frustração do cineasta, considerando a canastrice destoante que ele empregou ao personagem. Ainda assim, o Price considerava essa a melhor atuação da sua carreira (...).
Na época, o filme foi sucesso de público e fracasso de crítica. Com o tempo, angariou o status de cult, especialmente pela controvérsia e pelo fato de o diretor morrer meses antes do lançamento, aos 25 anos.
Está previsto para breve um remake, dirigido pelo John Hilcoat (responsável pelo ótimo western Proposition, de 2005), o que não deixa de ser promissor em razão do já mencionado potencial desperdiçado.
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