sexta-feira, 23 de setembro de 2022

A Vingança do Espantalho (Dark Night of the Scarecrow) - 1981


Sinopse: Por acreditarem que um retardado é culpado pela morte de uma menina, quatro eleitores do Bolsonaro —entre os quais, o pedófilo retraído e o capiau que provavelmente transa com animais — acabam matando o coitado. Ao descobrirem que na verdade ele havia salvo a menina de ser morta por um cachorro (um pequeno engano de leitura), encobrem o crime como legitima defesa (e agora, reaças? e os direitos humanos?????) e, por falta de provas, são absolvidos no julgamento. Porém, alguém começa a persegui-los e matá-los, um a um (quem será???).

Direção: Frank De Felitta

Elenco: um monte de velho, uma menina e um retardado


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Comentário: A Vingança do Espantalho é daqueles que faz parecer que não é tão difícil produzir um bom terror. É baratinho, simples, eficiente e redondinho.

Foi feito para a tv, então tem aquele aspecto pobretão de tv, mas também é o que o faz charmoso e sem tanta pretensão comercial. Como nesse país miserável a gente só vive de analogias políticas, descrevamos o enredo como: quatro bolsonaristas matam um retardado mental (clinicamente diagnosticado e não outro bolsonarista rsrs). Obviamente, com uma motivação reaça, irracional e impulsiva. E que, naturalmente, se mostra injustificada. A partir daí se aplica a lógica do título (em português, o original não faz muito sentido), mas não vou explicar o que o espantalho tem a ver com a coisa toda, mas até que é interessante a ideia. 

Dos protagonistas/antagonistas, o Charles Durning se sobressai, atuando como o carteiro vigilante que é um legítimo sujismundo, que passa o filme inteiro vestindo o uniforme. Os demais estão em harmonia com seus papeis, mas de um jeito até desconfortável porque quase parecem estar interpretando a si mesmos (como se o casting tivesse sido selecionado direto de Nova Pádua)

O detalhe mais interessante é que o filme usa toda a ambientação ruralista como elemento para a engenhosidade das mortes, que não têm lá muito impacto em termos de violência, até por ser tudo meio offscreen, mas isso não incomoda não.

Agora, poderia ser melhor? Certamente. Por pouco o filme não se aprofunda como um terror genuinamente psicológico, porque por um longo tempo deixa no ar se há de fato a participação efetiva do espantalho nas mortes, cria com isso um mistério (misteriozinho) e ameaça tons e temáticas mais sofisticadas, como paranoia e culpabilidade. Claro que em momentos-chave se entrega ao conforto do slasher, mas um bom slasher!

Foi dirigido pelo Frank De Felitta, mais conhecido como escritor (Stephen King dos pobres), e que saiu bem na função no que foi uma de suas únicas investidas como cineasta.

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